sábado, 15 de janeiro de 2011

CURSOS A DISTÂNCIA TOTALMENTE GRATUITOS



O CEDERJ,   criado em 2000, com o objetivo de levar educação superior, gratuita e de qualidade a todo o Estado do Rio de Janeiro,  é um  consórcio formado por seis universadades públicas: *UENF,*UERJ, *UFF, *UFRJ, *UFRRJ e *UNIRIO, e conta atualmente com cerca de 26 mil alunos matriculados em seus 10 cursos de graduação a distância.

Além dos cursos de graduação, a diretoria de extensão, através da Fundação CECIERJ, oferece cursos de QUALIFICAÇÃO, ATUALIZAÇÃO e APERFEIÇOAMENTO a tod@s aqueles que apresentam interesse e atendem os pré-requisitos definidos, baseada no princípio de que todo indivíduo deve estudar durante toda a sua vida, pois esta é a chave para a constução da sociedade do conhecimento.

Quem tiver interesse em conhecer os cursos oferecidos e até mesmo realizar a inscrição em um deles é só acessar o link abaixo:


Boa sorte!
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*UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense
*UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
*UFF - Universidade Federal Fluminense
*UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
*UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
*UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

domingo, 9 de janeiro de 2011

POR QUE BRINCAR?

A importância da brincadeira no processo de desenvolvimento da criança

Lápis, caderno, chiclete, peão
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria,
Tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar,
Pula sela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia,
Pirata, baleia, manteiga no pão

Giz, merthiolate, band aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca,
Botão. pega-pega, papel papelão

Criança não trabalha
Criança dá trabalho
Criança não trabalha

1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 tudo outra vez

O texto registrado acima trata-se da letra da música "Criança não trabalha", de autoria de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, e que faz muito sucesso com o grupo Palavra Cantada.

Como podemos observar, a letra da referida música faz um destaque às brincadeiras, brinquedos e objetos de nossa infância, apontando para uma das etapas essenciais na vida de qualquer criança: O ATO DE BRINCAR.

Mas o que é, de fato, o brincar? Que relevância tem esse ato no processo de desenvolvimento da criança?

A palavra brincar vem da junção BRINCO + AR, que origina-se do latim VINCULUM, que significa LAÇO, UNIÃO. Por essa razão, é possível afirmar que o ato de brincar, desde a origem da palavra, constitui-se numa atividade de ligação, vínculo com algo em si mesmo e com o outro, pois é por meio da brincadeira que a criança desenvolve capacidades como descobrir, escolher e recriar.

Conforme destaca Marilena Flores Martins, atual presidente da Associação Brasileira pelo Direito de Brincar e autora do livro "Brincar é Preciso", o ato de brincar contribue significativamente no processo de desenvolvimento da criança, pois, segundo a autora, "brincar faz com que as crianças mudem cada estágio de desenvolvimento, permitindo-lhes fazer amigos, resolver dificuldades, seguir seus instintos, pensar e aprender com os outros." Durante a ação de brincar, a criança começa a perceber seus próprios limites, tornando-se mais tolerante e aprendendo a lidar melhor com as frustrações.

Mesmo apresentando tantos fatores que beneficiam cognitivamente e emocionalmente a criança, o ato de brincar, atualmente, tem ficado cada vez mais escasso. A ideia de que brincar é uma grande perda de tempo, que tem origem num passado bem distante, mas que perpetua até os dias atuais, tem contribuído para que muitas crianças sejam privadas de tal direito.

Infelizmente, muitas vezes, as consequências de tal privação são bastante drásticas, principalmente quando a brincadeira dá lugar ao trabalho infantil. Segundo os mais recentes indicadores sobre o assunto, divulgados pelo ¹IBGE  e com base nos resultados do ²PNAD, o Brasil continua liderando o ranking de crianças que trabalham. Conforme os resutados, o pais, atualmente, alcança a marca de 1,637 milhão crianças entre 5 e 14 anos, o que equivale a 5%, metade do  percentual de toda a América Latina e Caribe, que ao todo, somam 10%.

Embora haja reconhecimento de quanto isso é prejudicial ao desenvolvimento da criança, ainda é irrelevante o percentual de pessoas, sejam essas pais, mães e/ou educadores, que valorizam o ato de brincar, o considerando tão importante quanto o ato de trabalhar ou até mesmo estudar.

Diante das armadilhas impostas pelo capitalismo, as classes sociais acabam dividindo-se em em dois caminhos distintos: as classes mais pobres, na grande maioria, obrigam os filhos a trabalharem para aumentar a renda familiar e com isso garantir a sobrevivência da família; Enquanto que as mais ricas, procuram ocupar seus filhos com a maior quantidade possível de atividades relacionadas ao estudo, procurando desta forma garantir o sucesso profissional dos mesmos, mesmo que de forma bastante imatura e muitas vezes equivocada.

Como é possível observarmos, em ambas realidades, o direito  à brincadeira acaba sendo negligenciado em detrimento de outras obrigações impostas pelos adultos, o que é lamentável, pois muito do que somos ou que até mesmo deixamos de ser, com certeza, firmou-se nos momentos de brincadeiras que tivemos em nossa infância: "Os pais precisam saber que brincar desenvolve todas as habilidades e qualidades necessárias para um desempenho de sucesso, seja na vida pessoal ou profissional", afirma Marilena Flores Martins, com a qual eu concordo plenamente, enquanto mãe e educadora que sou.
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¹ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
² Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

A criança da foto é Davi, meu sobrinho de 1 ano e meio. 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

OS DESAFIOS DA PRESIDENTE DILMA NA ÁREA EDUCACIONAL



Conforme todos nós tomamos conhecimento, no último dia 01 de janeiro, a então candidata eleita Dilma Rousseff, assumiu o cargo de presidente da república do nosso país.

Ao assumir tal cargo, além de entrar para a história como a primeira mulher a chegar à presidência do Brasil, Dilma abarca também muitos desafios e entre estes, com certeza, estão os desafios da área educacional.

Para início de conversa, é importante lembrarmos que para ajudá-la nessa grande tarefa, que com certeza não é uma das mais fáceis, está a postos Fernando Haddad, que continua a ocupar o cargo de ministro da educação na gestão de Dilma.

De imediato, já se sabe que  a então presidente terá acesso a 9 bilhões a mais para melhorar o ensino do nosso país. Mas onde e como deverá ser aplicado esse investimento?

Entre as prioridades que permeiam essa área e que merecem muita atenção, quero destacar quatro delas, pois considero importantíssimas para que o pais possa alcançar, de fato,  o desafio de melhorar a sua qualidade educacional. Vejamos:

INVESTIMENTO

Não dá para se pensar em qualidade sem levar em consideração o percentual de investimento do nosso país em relação à educação. Sabemos, é claro, que nos últimos oito anos houve uma diferença significativa em relação a isso, mas ainda é pouco se tomarmos como base o percentual de investimento de outros países tido  como bons no campo educacional. Atualmente, o Brasil, investe cerca de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) nessa área, enquanto que o recomendado é de pelo menos 8%, conforme aponta a avaliação feita pelo UNICEF - Fundo das Nações Unidas pela Infância -  a partir dos dados obtidos através do relatório A situação da Infância e da Adolescência Brasileira - O direito de Aprender, lançado em 2009.
Para este ano, o que já se sabe, é que o FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica - deve ter um aumento em torno de 13,7% em relação a 2010. Com isso, o custo-aluno que hoje é de R$ 1.414,85 deve alcançar o valor de R$ 1.722.05, conforme registra a Portaria Interministerial de nº 1.459, publicada ontem (03/01/2011) no Diário Oficial da União.


ACESSO À ESCOLA

Embora estejamos em pleno século XXI, parece que a realidade fala muito mais alto do que mostrou os últimos índices apresentados durante as campanhas eleitorais. E o problema de acesso à escola, que parecia pertencer a um passado mesmo que recente, está muito mais presente do que imaginamos. Engana-se, quem pensa que, de fato,  todas as crianças, em idade escolar, estão na escola. Segundo dados obtidos também pelo UNICEF em relação a essa questão, mais de 600 mil crianças entre 7 e 14 anos nunca frequentou uma sala de aula. Em relação aos menores, com até 3 anos de idade, somente 17% têm acesso a creche. Para piorar a situação, os mais pobres, principalmente das áreas rurais, são os que mais sofrem com essa problemática. A ausência de prédios escolares nessas áreas mais distantes é o que piora toda a situação.

QUALIDADE DOCENTE

Atualmente, um dos grandes problemas no campo educacional brasileiro está esboçado claramente no resultado final como o aluno chega à univesidade. Isso é, quando se consegue tão grande mérito. A grande maioria, apresenta muita dificuldade de leitura e interpretação e redige com sérios erros ortográficos. Tudo isso, dá-se, além de outros fatores, pela baixa qualidade do profissional que está a frente do processo de formação destes.
Diante de tal situação, faz-se necessário criar estratégias que possam atrair bons profissionais para a área educacional. É importante apresentar ideias que estimulem os bons estudantes a ingressar na carreira docente. Além, é claro, da modificação no processo de seleção desses educadores. Está mais do que na hora de se perceber que uma prova de múltipla escolha é insuficiente para definir quem ficará responsável pela formação das nossas crianças e adolescentes. Até o momento, muito pouco, para não dizer nada, foi feito feito nessa linha.

ANALFABETISMO

Mesmo com "rios" de dinheiro investidos em programas de erradicação, o analfabetismo  ainda é um dos grandes "gargalos" da esfera educacional brasileira. Os últimos dados apontados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no finalzinho do ano passado, mostram que existe cerca de 14 milhões de analfabetos em nosso país. Em relação a essa questão específica, além da miserabilidade que assola essa mesma população, a impedindo de frequentar uma sala de aula, posso afirmar, com conhecimento de causa,  que a forma como são desenvolvidos alguns dos programas de erradicação à alfabetização, principalmente no que tange a metodologia, com certeza, é uma das principais razões para tal fracasso. É necessário darmos uma atenção maior a isso para que a mudança possa acontecer no futuro, o que espero ser próximo.

Bom, conforme especifiquei no início, quis destacar essas quatro pioridades, pois, a meu ver, são importantíssimas, conforme já registrei anteriormente, para alcançarmos a tão sonhada qualidade educacional.

É claro, que há muitas outras, e que trabalho não faltará a nossa presidente quando o assunto é educação. Mas quero aqui destacar que para que haja avanço em todas essas instâncias aqui citadas, é importante que haja articulação no campo educacional, não deixando de lado o objetivo principal dessa tão importante área: a aprendizagem das nossas crianças, cujo foco deve ser a formação para a cidadania. E nós, somos colaboradores e vigilantes desse processo.

BEM VIND@S A 2011!!!


Finalmente a chegada de mais um novo ano! Com ele, a esperança se renova e o desejo de que os sonhos podem se tornar realidade é cada vez mais presente em nossos pensamentos.

É  sempre assim, quando nos deparamos com o novo, a ansiedade e a curiosidade nos toma, pois não vemos a hora de conhecermos os desafios que a vida nos reserva nesse 2011 que acabara de nascer.

Com certeza, esses desafios não são poucos, e é por essa razão de ser que as nossas forças parecem se solidificar a cada passagem de ano. É como se o corpo respondesse e nos dissesse: Estou pronto, mais uma vez, para encarar o que vier pela frente!

Particularmente, estou imensamente entusiasmada com o ano que acabara de chegar. Enquanto educadora, espero que ele possa me oportunizar tantos ensinamentos quanto os que me foram oportunizados no ano que se passou. As experiências vivenciadas em 2010, tenham sido elas boas ou ruins, foram essenciais, mais uma vez, para o meu crescimento enquanto ser humano e profissional que sou. Espero, também neste ano, conhecer muito mais pessoas, compartilhar de novas experiências, trocar conhecimentos e superar muitos obstáculos. E assim, continuar na luta, em busca de uma educação de qualidade para todas as nossas crianças, pois é através da nossa ação, principalmente, enquanto educadores, que conseguiremos contribuir para a verdadeira transformação social.

Um feliz 2011 a tod@s vocês!