domingo, 21 de novembro de 2010

SEGUNDO O IPEA, SOMENTE EM 2015 É QUE O BRASIL PODERÁ CUMPRIR A ESCOLARIDADE EXIGIDA PELA CONSTITUIÇÃO



Se mantido o ritmo dos últimos 17 anos, o país só cumprirá a escolaridade de oito anos, exigida pela Constituição, em 2015. Essa é uma das conclusões de estudo divulgado, nesta quinta (18), pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Em 2009, a média de anos de estudos para a população de 15 anos ou mais era de 7,5 anos. Em 1992, o índice era 5,2. Foram necessários 17 anos para ampliar em 2,3 anos a média de anos de estudo da população. "Considerando-se essa taxa anual de crescimento, faltam, ainda, cerca de cinco anos para se atingir, em média, a escolaridade originalmente prevista na Constituição Federal, (ensino fundamental ou 8 anos de estudo)", diz o Comunicado nº 66 do Ipea.

Uma das explicações para o país estar nessa situação se deve "à elevada proporção de analfabetos entre adultos e idosos e à baixa escolarização desses cortes". O analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais é um dos grandes problemas da educação. Segundo o Ipea, a taxa brasileira é alta, mesmo quando comparada com países da América do Sul, como Equador, Chile e Argentina. A taxa de analfabetismo, ou seja, a proporção de analfabetos na população, tem caído constantemente. No entanto, o número total de analfabetos tem se mantido em torno de 14 milhões de pessoas. É considerado analfabeto o indivíduo que não consegue ler e escrever um bilhete simples.
Desigualdades

A média atual de anos de estudo, que em termos absolutos está abaixo do que prevê a legislação, ganha outros contornos quando se leva em consideração caracaterísticas como a distribuição geográfica, a renda e o quesito cor/raça.

Na categoria localização, a população urbana/metropolitana tem, na média, 3,9 anos de estudo a mais que a população rural, atingindo 8,7 anos de estudo. Quem mora na área rural tem, em média, 4,8 anos de estudo. Quando se trata do quesito cor/raça, observa-se que os negros têm menos 1,7 ano de estudo, em média, que os brancos. Os brancos estão com média de 8,4 anos enquanto os negros possuem 6,7 anos de escolaridade. Em 1992, a diferença era maior -- de 2,1 anos.

Chama a atenção a diferença entre as faixas de renda. "Independentemente da categoria selecionada, os mais ricos sempre estão em melhor situação do que os mais pobres", diz o estudo. Há uma diferença de 5,2 anos de escolaridade entre os mais ricos e os mais pobres.

Fonte: Uol Educação

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SEMINÁRIO DISCUTE A EDUCAÇÃO AFRO BRASILEIRA EM ALAGOAS


No próximo dia 24 de novembro, o Fórum Alagoano em Defesa da Educação Infantil e o Fórum Alagoano de Diversidade Étnico Racial estarão promovendo o Seminàrio "Relações Raciais e Políticas Educacionais: Repensando a educação afro brasileira em Alagoas".

O evento será realizado no auditório da Secretaria Estadual de Educação de Alagoas e contará com a presença de professores da Universidade Federal de Alagoas e de membros dos fóruns mencionados anteriormente.

O evento é gratuito e aberto a toda sociedade alagoana.

Abaixo segue a programação:


SEMINÁRIO RELAÇÕES RACIAIS E POLITICAS EDUCACIONAIS: REPENSANDO A EDUCAÇÃO AFRO BRASILEIRA EM ALAGOAS.


8h30 - Abertura: MALUNGOS DO ILÊ

9h - Palestra: A DISCRIMINAÇÃO RACIAL NOS LIVROS INFANTIS (Prof. NANCI REBOUÇAS/ UFAL)

Objetivo: Discutir os livros infantis numa perspectiva de desconstrução de estereótipos e preconceitos.

11h - Debate

INTERVALO PARA O ALMOÇO

13h30 - Palestra: A CONSTRUÇÃO POLÍTICO PEDAGÓGICA DO 20 DE NOVEMBRO (Prof. ZEZITO DE ARAUJO- UFAL)

Objetivo: Entender o processo histórico do 20 de novembro pelo movimento negro brasileiro e seu desdobramento em políticas publicas na Serra da Barriga, nos sistemas de ensino.

15h - Debate

16h - Encerramento

FORMAÇÃO EM EAD


Preocupada com a necessidade de difundir o conhecimento acerca da *EAD, a Fundação Joaquim Nabuco está com inscrições abertas para a 3ª turma do Curso "Explorando o universo da educação a distância".

Aqueles que participarem desta formação terão  a oportunidade de explorarem o universo da educação a distância através de um curso predominantemente on-line e gratuito, onde serão abordados os principais conceitos relacionados à essa temática.

As vagas são limitadas, portanto, acesse o link do curso na sessão "DICAS" (barra lateral direita do blog) e realize agora mesmo a sua inscrição. Boa sorte!

*EAD - Educação a Distância

domingo, 14 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA COM A COMUNIDADE



Em nosso país são inúmeras as ações de cunho não governamental que surgem para melhorar os problemas educacionais existentes, principalmente aqueles que emergem pela ausência ou simplesmente pela ineficácia das políticas públicas na área em questão.

Muitas dessas ações acabam conquistando resultados palpáveis e bastante animadores para aqueles que partipam de tal processo, e uma das peças-chave para a conquista disso é o trabalho conjunto com a comunidade local onde tais ações são desenvolvidas.

Essa união entre comunidade e entidade(s) interessada(s) permite não somente intensificar a ação que se pretende desenvolver em uma determinada região, mas também transforma o próprio processo  em algo libertador, onde a comunidade atua como protagonista na luta pela melhoria dos problemas locais, bem como na conquista das soluções para tais.

Infelizmente, mesmo sabendo da importância de questões como essas, ainda há as entidades que teimam em fazer o oposto. Essas, chegam a passar anos investindo em estratégias mirabolantes, planejando milhões de ações, promovendo as mais diversas atividades, mas acabam pecando no essencial: na articulação com o povo. A vontade de melhorar o problema, as vezes, é tamanha que  acabam esquecendo que num processo como esse não se pode, a todo momento momento "fazer para", mas se "fazer com". As vezes, as intenções podem ser as melhores do mundo, mas de nada vão adiantar se não houver um trabalho de mobilização social, fazendo com que as pessoas da comunidade em questão se articulem, participando do processo do começo até o fim.

É preciso ter em mente que isso não é somente uma sugestão que dá certo, mas o caminho que vai garantir o empoderamento das pessoas e, como consequência disso, a sustentabilidade da ação. Afinal de contas, um bom projeto social, precisa ter começo, meio e fim e a sua continuidade não cabe aos técnicos, mas ao povo, que deve ser parte essencial da ação, pois é o próprio povo que vai monitorar, modificar, adaptar e até criar novos projetos, pois os problemas de uma comunidade, sejam eles  na área educativa ou em qualquer outra instância, é algo bastante flexivo, que vai depender ,principalmente, da necessidade que as pessoas têm em um dado momento.

Lembro-me, que há bem pouco tempo atrás um dos maiores problemas no campo educacional brasileiro era o acesso. Hoje, a grande maioria de nossas crianças estão na escola. O problema agora é a qualidade da educação que o sistema tem oferecido a elas. Como vemos, é um outro problema, o que subtende, novas ações, mas não, necessariamente, a exclusão da participação popular dessa responsabilidade.

Como disse Raul Seixas, na música Prelúdio "Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade".