domingo, 14 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA COM A COMUNIDADE



Em nosso país são inúmeras as ações de cunho não governamental que surgem para melhorar os problemas educacionais existentes, principalmente aqueles que emergem pela ausência ou simplesmente pela ineficácia das políticas públicas na área em questão.

Muitas dessas ações acabam conquistando resultados palpáveis e bastante animadores para aqueles que partipam de tal processo, e uma das peças-chave para a conquista disso é o trabalho conjunto com a comunidade local onde tais ações são desenvolvidas.

Essa união entre comunidade e entidade(s) interessada(s) permite não somente intensificar a ação que se pretende desenvolver em uma determinada região, mas também transforma o próprio processo  em algo libertador, onde a comunidade atua como protagonista na luta pela melhoria dos problemas locais, bem como na conquista das soluções para tais.

Infelizmente, mesmo sabendo da importância de questões como essas, ainda há as entidades que teimam em fazer o oposto. Essas, chegam a passar anos investindo em estratégias mirabolantes, planejando milhões de ações, promovendo as mais diversas atividades, mas acabam pecando no essencial: na articulação com o povo. A vontade de melhorar o problema, as vezes, é tamanha que  acabam esquecendo que num processo como esse não se pode, a todo momento momento "fazer para", mas se "fazer com". As vezes, as intenções podem ser as melhores do mundo, mas de nada vão adiantar se não houver um trabalho de mobilização social, fazendo com que as pessoas da comunidade em questão se articulem, participando do processo do começo até o fim.

É preciso ter em mente que isso não é somente uma sugestão que dá certo, mas o caminho que vai garantir o empoderamento das pessoas e, como consequência disso, a sustentabilidade da ação. Afinal de contas, um bom projeto social, precisa ter começo, meio e fim e a sua continuidade não cabe aos técnicos, mas ao povo, que deve ser parte essencial da ação, pois é o próprio povo que vai monitorar, modificar, adaptar e até criar novos projetos, pois os problemas de uma comunidade, sejam eles  na área educativa ou em qualquer outra instância, é algo bastante flexivo, que vai depender ,principalmente, da necessidade que as pessoas têm em um dado momento.

Lembro-me, que há bem pouco tempo atrás um dos maiores problemas no campo educacional brasileiro era o acesso. Hoje, a grande maioria de nossas crianças estão na escola. O problema agora é a qualidade da educação que o sistema tem oferecido a elas. Como vemos, é um outro problema, o que subtende, novas ações, mas não, necessariamente, a exclusão da participação popular dessa responsabilidade.

Como disse Raul Seixas, na música Prelúdio "Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade".

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