sexta-feira, 24 de junho de 2011

SEMANA DE PEDAGOGIA VAI DEBATER A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO



O Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas, o Colegiado do Curso de Pedagogia e o Centro Acadêmico de Pedagogia (CAPed) apresentam a Semana de Pedagogia 2011 com a temática geral “A atuação do(a) pedagogo(a) na contemporaneidade: desafios e possibilidades”, no período de 01 a 05 de agosto, nas instalações do prédio do Centro de Educação, no Campus A.C. Simões, Tabuleiro do Martins, Maceió. O evento busca analisar as múltiplas possibilidades de atuação que se apresentam ao(à) pedagogo(a), levando em consideração os desafios e as possibilidades que fazem parte do cotidiano dos profissionais da Educação no Brasil e, em especial, em Alagoas. Espera-se que a Semana de Pedagogia 2011 seja um espaço de reflexão, de troca de saberes sobre questões significativas na atuação do(a) pedagogo(a), mas, sobretudo, um espaço que propicie a confraternização dos sujeitos que ajudam a construir a Educação no estado de Alagoas, uma vez que “[...] as palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.” (Rubem Alves).

Como conferência de abertura, o evento destacará a temática principal , além de mais 07 (sete) mesas-redondas e 40 (quarenta) minicursos/oficinas que vão aprofundar temáticas relacionadas ao universo docente; apresentação de trabalhos produzidos pelos estudantes de Pedagogia na forma de Comunicações Orais e Pôsteres Acadêmicos, bem como, Grupos de Trabalhos (GT) para discussão do processo de avaliação do Curso de Pedagogia, além de feira de livros e apresentações artístico-culturais.

Para realizar a inscrição junto ao evento e/ou obter maiores informações é só acessar o link http://semanadepedagogiaufal.com.br/

domingo, 19 de junho de 2011

DIREITOS HUMANOS

*São os direitos que o povo

Precisa então conhecer

Não digo nada de novo

Mas quero oferecer

Uma leitura singela

Que a moça da janela

Possa ler e entender


*Trecho do cordel: “Direitos Humanos: isto é fundamental”, de Salete Maria da Silva.


Para iniciar a minha discussão acerca dos Direitos Humanos, resolvi expor um trecho do Cordel acima, que como tudo que vem do povo para o povo traz em seu início um conceito bem singelo, mas ao mesmo tempo bastante esclarecedor sobre a definição do que vem a ser, de fato, os direitos humanos: “São direitos que o povo precisa então conhecer”.

A supracitada definição pode não ser a mais elaborada se o fato a ser considerado for a linguagem culta, mas com certeza passa a ser melhor compreendida se levarmos em consideração que aqueles que mais têm seus direitos negligenciados, muitas vezes pela negação daquilo que deveria ter acesso, são aqueles que nem à escola puderam ir, pois tiveram que lutar desde muito cedo para garantir a sua própria sobrevivência.

Sabemos que sobre os direitos humanos há uma luta histórica em relação ao seu processo de construção, onde os primeiros e principais resultados podem ser acessados, legalmente e oficialmente falando, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. O referido documento surgiu, exatamente, pela necessidade de se criar um código de conduta internacional que fosse capaz de expressar os “direitos fundamentais da pessoa humana”, em outras palavras, aqueles considerados suficientes para garantir uma vida com dignidade a todos os homens, mulheres, idosos, jovens e crianças.

Embora os direitos humanos tenham como principal objetivo a garantia de uma vida digna a todo e qualquer cidadão, somente uma minoria de nossa sociedade usufrui com excelência de algo que foi feito para todos e que deveria ser gozado por todos. Inclusive, a igualdade, juntamente com a dignidade, a liberdade e a justiça são princípios fundamentais dos próprios direitos humanos, e por essa razão, principalmente, reforça a necessidade de algo que deve ser para todos, pois parte do princípio de que dignidade não deve ser privilégio de poucos, mas uma necessidade de todas as pessoas.

Uma das características essenciais dos direitos humanos é a interdependência, o que significa dizer que todos os direitos realizam-se juntos, estão ligados uns aos outros, pois são indispensáveis, precisamos de todos a todo momento, porque a ausência de um é capaz de prejudicar todos os demais. Esta questão tem relevância fundamental na garantia de uma vida com dignidade a toda e qualquer pessoa, mas na maioria das vezes ou há uma negligência gritante quanto à efetivação de todos os direitos, ou uns são efetivados em detrimento dos outros, principalmente se a máquina pública tiver interesse na realização desses, não por querer garantir o que estabelece a Lei, mas por querer “mostrar serviço” diante das grandes mídias e com isso manter os seus currais eleitorais. É exatamente isso, na maioria das vezes, que faz com que uns direitos sejam reconhecidos e outros não. Isto é uma realidade na qual devemos ficar atentos, no intuito de fazermos com que deixe de acontecer, pois quando garantimos um direito em detrimento de outros estamos sendo incoerentes em relação a outra característica fundamental dos próprios direitos humanos, o fato de serem inseparáveis, ou seja, não se pode realizar alguns e abrir mão de outros. Para que a vida com dignidade, realmente, seja efetivada, é necessário sermos vigilantes ativos de nossa própria sociedade. Quando falo de dignidade pressuponho uma vida igualitária, libertadora e justa para toda a pessoa humana, pois somente dessa forma podemos transformar o homem em um verdadeiro cidadão.

sábado, 2 de abril de 2011

INCLUSÃO: A ESCOLA BRASILEIRA ESTÁ PREPARADA PARA ESSE DESAFIO?

Decretado pela ONU - Organização das Nações Unidas - desde de 2008, o dia 02 de abril é o dia mundial de conscientização do autismo.

Com toda a sua complexidade, o autismo é muito mais comum do que costumamos imaginar. Conhecida oficialmente como transtorno do espectro autista, o autismo é uma síndrome que atinge diversas pessoas. São, aproximadamente, 70 milhões no mundo inteiro. No Brasil, são mais de 2 milhões. Por essa razão, assim como outras síndromes e situações que exigem um trato mais especial, faz-se necessário um olhar diferenciado, não no sentido de fortalecer as diferenças e preconceitos tão presentes em nossa sociedade, mas no sentido de averiguar o que pode ser feito para possibilitar aos seus portadores o direito a uma vida mais dígna, mais feliz.

Em homenagem à essa data, e diante de mais uma experiência significativa que tenho vivenciado enquanto educadora, resolvi trazer para a discussão um dos assuntos, na minha opinião, mais importantes atualmente na estrutura educacional brasileira: a inclusão escolar.


Conforme registra o Aurélio (2005) , incluir significa conter, abranger; fazer tomar parte; inserir, introduzir; estar incluído ou compreendido.

Mas será que é isso que vem acontecendo em nossas escolas? Será que estamos, de fato, fazendo com que o nosso sistema e currículo educacional abrajam as nossas crianças especiais? Será que elas têm tomado parte de algo? Estão sendo inseridas adequadamente? A escola as tem compreendido?

Todas essas questões têm me atormentado há algum tempo, e tamanha é minha decepção quando me deparo com as verdadeiras respostas.

Embora muito se fale em inclusão, são raríssimas as experiências escolares em que isso realmente acontece. Primeiro, porque a própria sociedade ainda não está devidamente preparada para isso, o que inclui aí a instituição escola. Segundo, porque a formação docente, que já é tão precária em outras questões, também deixa a desejar no que tange à formação prática do profissional para lhe dar com esse tipo de realidade.

Não dá para fingir que se inclui! Para fazer a inclusão é necessário que tenhamos conhecimento o suficiente, do contrário, corremos o risco de excluir mais ainda aquele que precisaria ser incluído. É necessário que tenhamos estrutura adequada, pessoal capacitado e principalmente sensibilidade para perceber que mesmo com suas limitações, essas pessoas têm muito a nos ensinar e nós temos muito a aprender com elas.

Se a educação, enquanto direito humano, tem como papel fundamental criar uma cultura de respeito à vida e à dignidade humana, combatendo preconceitos e a discriminação, o que estamos fazendo que isso ainda não consegue se expressar em nossas práticas?

Na realidade, percebo que estamos apenas no início de um longo processo, mas se temos força de vontade e queremos contribuir para que as mudanças ocorram, é necessário agirmos e colaborarmos para que tudo isso aconteça, o quanto antes.

sexta-feira, 11 de março de 2011

FORMAÇÃO GRATUITA E A DISTÂNCIA PARA EDUCADORES

Pessoal,

O Instituto Ayrton Senna, dentro da sua área de formação, divulgou recentemente o seu calendário de formação para para o 1º semestre de 2011. Os cursos são realizados a distância, são gratuitos e de excelente qualidade. Não percam esta oportunidade, pois as vagas são limitadas.

Abaixo segue o cronograma com a relação dos cursos disponíveis nesse semestre.
Maiores informações é só acessar o site http://www.educacaoetecnologia.org.br./.

Boa sorte e bons estudos a tod@s!

Calendário das formações previstas para o primeiro semestre de 2011:

Fevereiro:
A infografia na prática pedagógica – período de realização: 21/02 a 03/04
Produção Textual em Ambientes Digitais – período de realização: 28/02 a 10/04

Março:
Integração da tecnologia no âmbito escolar – período de realização: 14/03 a 22/04
Redes sociais e sua aplicação na escola – período de realização: 21/03 a 01/05

Abril:
Representações visuais: desenvolvendo as competências dos alunos – período de realização: 04/04 a 13/05
Autoria coletiva e computação nas nuvens – período de realização: 11/04 a 20/05

Maio:
Mapas Conceituais – período de realização: 02/05 a 10/06
Podcast – período de realização: 09/05 a 17/06

Junho:
Uso de recursos da hipermídia na sala de aula – período de realização: 06/06 a 15/07
Práticas pedagógicas do novo professor – período de realização: 13/06 a 22/07
As inscrições são abertas e divulgadas na semana anterior ao início da formação.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

À PRÁTICA, NOVAMENTE!


Desde os meus 13 anos lido com o ato de educar. Nessa época, não sabia exatamente a dimensão e o verdadeiro sentido de tal missão, porque é assim que considero hoje o fato de está professora. Pois quando se educa, se estabelece uma troca e isso está cada vez mais claro para aqueles que se propõem a enxergar tal processo por ângulos diferentes daqueles  pelos quais a maioria da sociedade sempre enxergou.

Nas minhas andanças pela vida pude, na maioria das vezes, quando as oportunidades me permitiram, disseminar e receber novos ensinamentos, investigar, discutir, questionar, reelaborar, falar, calar, ouvir, tentar, lutar, sorrir e chorar ... são atitudes, a princípio comuns senão fossem as mudanças que estas provocaram em mim e naqueles que delas  também fizeram parte.

Hoje, novas oportunidades surgem, e que bom que o tempo nos permite amadurecermos enquanto pessoas e profissionais, pois consigo visualizar o ato de educar com uma intensidade tão profunda, como algo tão distinto e desafiador que as vezes pergunto-me se sou capaz de cumprir com tal missão.

Como sempre costumo dizer, não há coincidências em nossas vidas. Pelo menos é o que acredito! E se tal missão a mim foi confiada, mais uma vez, como nas outras oportunidades, é porque, com certeza, eu tenho muito a contribuir , como também a aprender.

Estou feliz com esse desafio! Pouquíssimos na vida nos dão a oportunidade de ouvir "Tia, você é muito importante para mim".

sábado, 15 de janeiro de 2011

CURSOS A DISTÂNCIA TOTALMENTE GRATUITOS



O CEDERJ,   criado em 2000, com o objetivo de levar educação superior, gratuita e de qualidade a todo o Estado do Rio de Janeiro,  é um  consórcio formado por seis universadades públicas: *UENF,*UERJ, *UFF, *UFRJ, *UFRRJ e *UNIRIO, e conta atualmente com cerca de 26 mil alunos matriculados em seus 10 cursos de graduação a distância.

Além dos cursos de graduação, a diretoria de extensão, através da Fundação CECIERJ, oferece cursos de QUALIFICAÇÃO, ATUALIZAÇÃO e APERFEIÇOAMENTO a tod@s aqueles que apresentam interesse e atendem os pré-requisitos definidos, baseada no princípio de que todo indivíduo deve estudar durante toda a sua vida, pois esta é a chave para a constução da sociedade do conhecimento.

Quem tiver interesse em conhecer os cursos oferecidos e até mesmo realizar a inscrição em um deles é só acessar o link abaixo:


Boa sorte!
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*UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense
*UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
*UFF - Universidade Federal Fluminense
*UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
*UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
*UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

domingo, 9 de janeiro de 2011

POR QUE BRINCAR?

A importância da brincadeira no processo de desenvolvimento da criança

Lápis, caderno, chiclete, peão
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria,
Tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar,
Pula sela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia,
Pirata, baleia, manteiga no pão

Giz, merthiolate, band aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca,
Botão. pega-pega, papel papelão

Criança não trabalha
Criança dá trabalho
Criança não trabalha

1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 tudo outra vez

O texto registrado acima trata-se da letra da música "Criança não trabalha", de autoria de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, e que faz muito sucesso com o grupo Palavra Cantada.

Como podemos observar, a letra da referida música faz um destaque às brincadeiras, brinquedos e objetos de nossa infância, apontando para uma das etapas essenciais na vida de qualquer criança: O ATO DE BRINCAR.

Mas o que é, de fato, o brincar? Que relevância tem esse ato no processo de desenvolvimento da criança?

A palavra brincar vem da junção BRINCO + AR, que origina-se do latim VINCULUM, que significa LAÇO, UNIÃO. Por essa razão, é possível afirmar que o ato de brincar, desde a origem da palavra, constitui-se numa atividade de ligação, vínculo com algo em si mesmo e com o outro, pois é por meio da brincadeira que a criança desenvolve capacidades como descobrir, escolher e recriar.

Conforme destaca Marilena Flores Martins, atual presidente da Associação Brasileira pelo Direito de Brincar e autora do livro "Brincar é Preciso", o ato de brincar contribue significativamente no processo de desenvolvimento da criança, pois, segundo a autora, "brincar faz com que as crianças mudem cada estágio de desenvolvimento, permitindo-lhes fazer amigos, resolver dificuldades, seguir seus instintos, pensar e aprender com os outros." Durante a ação de brincar, a criança começa a perceber seus próprios limites, tornando-se mais tolerante e aprendendo a lidar melhor com as frustrações.

Mesmo apresentando tantos fatores que beneficiam cognitivamente e emocionalmente a criança, o ato de brincar, atualmente, tem ficado cada vez mais escasso. A ideia de que brincar é uma grande perda de tempo, que tem origem num passado bem distante, mas que perpetua até os dias atuais, tem contribuído para que muitas crianças sejam privadas de tal direito.

Infelizmente, muitas vezes, as consequências de tal privação são bastante drásticas, principalmente quando a brincadeira dá lugar ao trabalho infantil. Segundo os mais recentes indicadores sobre o assunto, divulgados pelo ¹IBGE  e com base nos resultados do ²PNAD, o Brasil continua liderando o ranking de crianças que trabalham. Conforme os resutados, o pais, atualmente, alcança a marca de 1,637 milhão crianças entre 5 e 14 anos, o que equivale a 5%, metade do  percentual de toda a América Latina e Caribe, que ao todo, somam 10%.

Embora haja reconhecimento de quanto isso é prejudicial ao desenvolvimento da criança, ainda é irrelevante o percentual de pessoas, sejam essas pais, mães e/ou educadores, que valorizam o ato de brincar, o considerando tão importante quanto o ato de trabalhar ou até mesmo estudar.

Diante das armadilhas impostas pelo capitalismo, as classes sociais acabam dividindo-se em em dois caminhos distintos: as classes mais pobres, na grande maioria, obrigam os filhos a trabalharem para aumentar a renda familiar e com isso garantir a sobrevivência da família; Enquanto que as mais ricas, procuram ocupar seus filhos com a maior quantidade possível de atividades relacionadas ao estudo, procurando desta forma garantir o sucesso profissional dos mesmos, mesmo que de forma bastante imatura e muitas vezes equivocada.

Como é possível observarmos, em ambas realidades, o direito  à brincadeira acaba sendo negligenciado em detrimento de outras obrigações impostas pelos adultos, o que é lamentável, pois muito do que somos ou que até mesmo deixamos de ser, com certeza, firmou-se nos momentos de brincadeiras que tivemos em nossa infância: "Os pais precisam saber que brincar desenvolve todas as habilidades e qualidades necessárias para um desempenho de sucesso, seja na vida pessoal ou profissional", afirma Marilena Flores Martins, com a qual eu concordo plenamente, enquanto mãe e educadora que sou.
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¹ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
² Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

A criança da foto é Davi, meu sobrinho de 1 ano e meio. 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

OS DESAFIOS DA PRESIDENTE DILMA NA ÁREA EDUCACIONAL



Conforme todos nós tomamos conhecimento, no último dia 01 de janeiro, a então candidata eleita Dilma Rousseff, assumiu o cargo de presidente da república do nosso país.

Ao assumir tal cargo, além de entrar para a história como a primeira mulher a chegar à presidência do Brasil, Dilma abarca também muitos desafios e entre estes, com certeza, estão os desafios da área educacional.

Para início de conversa, é importante lembrarmos que para ajudá-la nessa grande tarefa, que com certeza não é uma das mais fáceis, está a postos Fernando Haddad, que continua a ocupar o cargo de ministro da educação na gestão de Dilma.

De imediato, já se sabe que  a então presidente terá acesso a 9 bilhões a mais para melhorar o ensino do nosso país. Mas onde e como deverá ser aplicado esse investimento?

Entre as prioridades que permeiam essa área e que merecem muita atenção, quero destacar quatro delas, pois considero importantíssimas para que o pais possa alcançar, de fato,  o desafio de melhorar a sua qualidade educacional. Vejamos:

INVESTIMENTO

Não dá para se pensar em qualidade sem levar em consideração o percentual de investimento do nosso país em relação à educação. Sabemos, é claro, que nos últimos oito anos houve uma diferença significativa em relação a isso, mas ainda é pouco se tomarmos como base o percentual de investimento de outros países tido  como bons no campo educacional. Atualmente, o Brasil, investe cerca de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) nessa área, enquanto que o recomendado é de pelo menos 8%, conforme aponta a avaliação feita pelo UNICEF - Fundo das Nações Unidas pela Infância -  a partir dos dados obtidos através do relatório A situação da Infância e da Adolescência Brasileira - O direito de Aprender, lançado em 2009.
Para este ano, o que já se sabe, é que o FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica - deve ter um aumento em torno de 13,7% em relação a 2010. Com isso, o custo-aluno que hoje é de R$ 1.414,85 deve alcançar o valor de R$ 1.722.05, conforme registra a Portaria Interministerial de nº 1.459, publicada ontem (03/01/2011) no Diário Oficial da União.


ACESSO À ESCOLA

Embora estejamos em pleno século XXI, parece que a realidade fala muito mais alto do que mostrou os últimos índices apresentados durante as campanhas eleitorais. E o problema de acesso à escola, que parecia pertencer a um passado mesmo que recente, está muito mais presente do que imaginamos. Engana-se, quem pensa que, de fato,  todas as crianças, em idade escolar, estão na escola. Segundo dados obtidos também pelo UNICEF em relação a essa questão, mais de 600 mil crianças entre 7 e 14 anos nunca frequentou uma sala de aula. Em relação aos menores, com até 3 anos de idade, somente 17% têm acesso a creche. Para piorar a situação, os mais pobres, principalmente das áreas rurais, são os que mais sofrem com essa problemática. A ausência de prédios escolares nessas áreas mais distantes é o que piora toda a situação.

QUALIDADE DOCENTE

Atualmente, um dos grandes problemas no campo educacional brasileiro está esboçado claramente no resultado final como o aluno chega à univesidade. Isso é, quando se consegue tão grande mérito. A grande maioria, apresenta muita dificuldade de leitura e interpretação e redige com sérios erros ortográficos. Tudo isso, dá-se, além de outros fatores, pela baixa qualidade do profissional que está a frente do processo de formação destes.
Diante de tal situação, faz-se necessário criar estratégias que possam atrair bons profissionais para a área educacional. É importante apresentar ideias que estimulem os bons estudantes a ingressar na carreira docente. Além, é claro, da modificação no processo de seleção desses educadores. Está mais do que na hora de se perceber que uma prova de múltipla escolha é insuficiente para definir quem ficará responsável pela formação das nossas crianças e adolescentes. Até o momento, muito pouco, para não dizer nada, foi feito feito nessa linha.

ANALFABETISMO

Mesmo com "rios" de dinheiro investidos em programas de erradicação, o analfabetismo  ainda é um dos grandes "gargalos" da esfera educacional brasileira. Os últimos dados apontados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no finalzinho do ano passado, mostram que existe cerca de 14 milhões de analfabetos em nosso país. Em relação a essa questão específica, além da miserabilidade que assola essa mesma população, a impedindo de frequentar uma sala de aula, posso afirmar, com conhecimento de causa,  que a forma como são desenvolvidos alguns dos programas de erradicação à alfabetização, principalmente no que tange a metodologia, com certeza, é uma das principais razões para tal fracasso. É necessário darmos uma atenção maior a isso para que a mudança possa acontecer no futuro, o que espero ser próximo.

Bom, conforme especifiquei no início, quis destacar essas quatro pioridades, pois, a meu ver, são importantíssimas, conforme já registrei anteriormente, para alcançarmos a tão sonhada qualidade educacional.

É claro, que há muitas outras, e que trabalho não faltará a nossa presidente quando o assunto é educação. Mas quero aqui destacar que para que haja avanço em todas essas instâncias aqui citadas, é importante que haja articulação no campo educacional, não deixando de lado o objetivo principal dessa tão importante área: a aprendizagem das nossas crianças, cujo foco deve ser a formação para a cidadania. E nós, somos colaboradores e vigilantes desse processo.

BEM VIND@S A 2011!!!


Finalmente a chegada de mais um novo ano! Com ele, a esperança se renova e o desejo de que os sonhos podem se tornar realidade é cada vez mais presente em nossos pensamentos.

É  sempre assim, quando nos deparamos com o novo, a ansiedade e a curiosidade nos toma, pois não vemos a hora de conhecermos os desafios que a vida nos reserva nesse 2011 que acabara de nascer.

Com certeza, esses desafios não são poucos, e é por essa razão de ser que as nossas forças parecem se solidificar a cada passagem de ano. É como se o corpo respondesse e nos dissesse: Estou pronto, mais uma vez, para encarar o que vier pela frente!

Particularmente, estou imensamente entusiasmada com o ano que acabara de chegar. Enquanto educadora, espero que ele possa me oportunizar tantos ensinamentos quanto os que me foram oportunizados no ano que se passou. As experiências vivenciadas em 2010, tenham sido elas boas ou ruins, foram essenciais, mais uma vez, para o meu crescimento enquanto ser humano e profissional que sou. Espero, também neste ano, conhecer muito mais pessoas, compartilhar de novas experiências, trocar conhecimentos e superar muitos obstáculos. E assim, continuar na luta, em busca de uma educação de qualidade para todas as nossas crianças, pois é através da nossa ação, principalmente, enquanto educadores, que conseguiremos contribuir para a verdadeira transformação social.

Um feliz 2011 a tod@s vocês!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O QUE É O PPP?


O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Saiba como elaborar esse documento

Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado projeto político-pedagógico - o famoso PPP. Se você prestar atenção, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:

- É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.

- É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.

- É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.

Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos:

- Missão

- Clientela

- Dados sobre a aprendizagem

- Relação com as famílias

- Recursos

- Diretrizes pedagógicas

- Plano de ação

Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo (leia as dicas práticas). "O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazos", diz Paulo Roberto Padilha, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.


Compartilhar a elaboração é essencial para uma gestão democrática

Infelizmente, muitos gestores veem o PPP como uma mera formalidade a ser cumprida por exigência legal - no caso, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996. Essa é uma das razões pelas quais ainda há quem prepare o documento às pressas, sem fazer as pesquisas essenciais para retratar as reais necessidades da escola, ou simplesmente copie um modelo pronto (leia os erros mais comuns).

Na última Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada no primeiro semestre deste ano, o projeto políticopedagógico foi um dos temas em destaque. Os debatedores lembraram e reforçaram a ideia de que sua existência é um dos pilares mais fortes na construção de uma gestão democrática. "Por meio dele, o gestor reconhece e concretiza a participação de todos na definição de metas e na implementação de ações. Além disso, a equipe assume a responsabilidade de cumprir os combinados e estar aberta a cobranças", aponta Maria Márcia Sigrist Malavasi, coordenadora do curso de Pedagogia e pesquisadora do Laboratório de Observação e Estudos Descritivos da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas (Loed/Unicamp).

Envolver a comunidade nesse trabalho e compartilhar a responsabilidade de definir os rumos da escola é um desafio e tanto. Mas o esforço compensa: com um PPP bem estruturado, a escola ganha uma identidade clara, e a equipe, segurança para tomar decisões. "Mesmo que no começo do processo de discussão poucos participem com opiniões e sugestões, o gestor não deve desanimar. Os primeiros participantes podem agir como multiplicadores e, assim, conquistar mais colaboradores para as próximas revisões do PPP", afirma Celso dos Santos Vasconcellos, educador e responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica, em São Paulo.


Os erros mais comuns

Alguns descuidos no processo de elaboração do projeto político-pedagógico podem prejudicar sua eficácia e devem ser evitados:

- Comprar modelos prontos ou encomendar o PPP a consultores externos. "Se a própria comunidade escolar não participa da preparação do documento, não cria a ideia de pertencimento", diz Paulo Padilha, do Instituto Paulo Freire.

- Com o passar dos anos, revisitar o arquivo somente para enviá-lo à Secretaria de Educação sem analisar com profundidade as mudanças pelas quais a escola passou e as novas necessidades dos alunos.

- Deixar o PPP guardado em gavetas e em arquivos de computador. Ele deve ser acessível a todos.

- Ignorar os conflitos de ideias que surgem durante os debates. Eles devem ser considerados, e as decisões, votadas democraticamente.

- Confundir o PPP com relatórios de projetos institucionais - portfólios devem constar no documento, mas são apenas uma parte dele.


Mais sobre PPP

Como fazer o PPP
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/7-elementos-essenciais-ao-ppp-610996.shtml

Bons exemplos de PPPs
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/planejamento-gestao-bons-exemplos-ppps-reais-611206.shtml

O PPP e a gestão financeira
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/ppp-gestao-financeira-caminham-juntos-551882.shtml

8 questões essenciais sobre PPP
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/questoes-essenciais-projeto-pedagogico-427805.shtml

Entrevista Celso dos Santos Vasconcellos
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/planejar-objetivos-427809.shtml


Quer saber mais?

CONTATOS

EM Bernardo Ferreira Guimarães, tel. (31) 3854-3037

EMEF Conde Pereira Carneiro, tel. (11) 5631-9575

EMEF Ezequiel Fraga Rocha, tel. (27) 3296-1075

EMEF Mario Quintana, tel. (51) 3250-5021

EMEI Francisca Pinheiro Teixeira, tel. (22) 2555-4982

EM Parque Piauí, (86) 3215-7962

UE Doutor José Ribamar de Matos


BIBLIOGRAFIA

Planejamento Dialógico: Como Construir o Projeto Político-Pedagógico da Escola, Paulo Roberto Padilha,

160 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3611-9616, 28 reais

Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico, Celso dos Santos Vasconcellos, 208 pág., Ed. Libertad, tel. (11) 5062-8515, 40 reais

Projeto Político-Pedagógico: Construção e Implementação na Escola, Cássia Ravena Mulin de Assis Medel, 128 págs., Ed. Autores Associados, tel. (19) 3249-2800, 29 reais


Fonte: Revista Nova Escola Gestão Escolar, Edição nº 11, Dez2010/Jan 2011

domingo, 21 de novembro de 2010

SEGUNDO O IPEA, SOMENTE EM 2015 É QUE O BRASIL PODERÁ CUMPRIR A ESCOLARIDADE EXIGIDA PELA CONSTITUIÇÃO



Se mantido o ritmo dos últimos 17 anos, o país só cumprirá a escolaridade de oito anos, exigida pela Constituição, em 2015. Essa é uma das conclusões de estudo divulgado, nesta quinta (18), pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Em 2009, a média de anos de estudos para a população de 15 anos ou mais era de 7,5 anos. Em 1992, o índice era 5,2. Foram necessários 17 anos para ampliar em 2,3 anos a média de anos de estudo da população. "Considerando-se essa taxa anual de crescimento, faltam, ainda, cerca de cinco anos para se atingir, em média, a escolaridade originalmente prevista na Constituição Federal, (ensino fundamental ou 8 anos de estudo)", diz o Comunicado nº 66 do Ipea.

Uma das explicações para o país estar nessa situação se deve "à elevada proporção de analfabetos entre adultos e idosos e à baixa escolarização desses cortes". O analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais é um dos grandes problemas da educação. Segundo o Ipea, a taxa brasileira é alta, mesmo quando comparada com países da América do Sul, como Equador, Chile e Argentina. A taxa de analfabetismo, ou seja, a proporção de analfabetos na população, tem caído constantemente. No entanto, o número total de analfabetos tem se mantido em torno de 14 milhões de pessoas. É considerado analfabeto o indivíduo que não consegue ler e escrever um bilhete simples.
Desigualdades

A média atual de anos de estudo, que em termos absolutos está abaixo do que prevê a legislação, ganha outros contornos quando se leva em consideração caracaterísticas como a distribuição geográfica, a renda e o quesito cor/raça.

Na categoria localização, a população urbana/metropolitana tem, na média, 3,9 anos de estudo a mais que a população rural, atingindo 8,7 anos de estudo. Quem mora na área rural tem, em média, 4,8 anos de estudo. Quando se trata do quesito cor/raça, observa-se que os negros têm menos 1,7 ano de estudo, em média, que os brancos. Os brancos estão com média de 8,4 anos enquanto os negros possuem 6,7 anos de escolaridade. Em 1992, a diferença era maior -- de 2,1 anos.

Chama a atenção a diferença entre as faixas de renda. "Independentemente da categoria selecionada, os mais ricos sempre estão em melhor situação do que os mais pobres", diz o estudo. Há uma diferença de 5,2 anos de escolaridade entre os mais ricos e os mais pobres.

Fonte: Uol Educação

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SEMINÁRIO DISCUTE A EDUCAÇÃO AFRO BRASILEIRA EM ALAGOAS


No próximo dia 24 de novembro, o Fórum Alagoano em Defesa da Educação Infantil e o Fórum Alagoano de Diversidade Étnico Racial estarão promovendo o Seminàrio "Relações Raciais e Políticas Educacionais: Repensando a educação afro brasileira em Alagoas".

O evento será realizado no auditório da Secretaria Estadual de Educação de Alagoas e contará com a presença de professores da Universidade Federal de Alagoas e de membros dos fóruns mencionados anteriormente.

O evento é gratuito e aberto a toda sociedade alagoana.

Abaixo segue a programação:


SEMINÁRIO RELAÇÕES RACIAIS E POLITICAS EDUCACIONAIS: REPENSANDO A EDUCAÇÃO AFRO BRASILEIRA EM ALAGOAS.


8h30 - Abertura: MALUNGOS DO ILÊ

9h - Palestra: A DISCRIMINAÇÃO RACIAL NOS LIVROS INFANTIS (Prof. NANCI REBOUÇAS/ UFAL)

Objetivo: Discutir os livros infantis numa perspectiva de desconstrução de estereótipos e preconceitos.

11h - Debate

INTERVALO PARA O ALMOÇO

13h30 - Palestra: A CONSTRUÇÃO POLÍTICO PEDAGÓGICA DO 20 DE NOVEMBRO (Prof. ZEZITO DE ARAUJO- UFAL)

Objetivo: Entender o processo histórico do 20 de novembro pelo movimento negro brasileiro e seu desdobramento em políticas publicas na Serra da Barriga, nos sistemas de ensino.

15h - Debate

16h - Encerramento

FORMAÇÃO EM EAD


Preocupada com a necessidade de difundir o conhecimento acerca da *EAD, a Fundação Joaquim Nabuco está com inscrições abertas para a 3ª turma do Curso "Explorando o universo da educação a distância".

Aqueles que participarem desta formação terão  a oportunidade de explorarem o universo da educação a distância através de um curso predominantemente on-line e gratuito, onde serão abordados os principais conceitos relacionados à essa temática.

As vagas são limitadas, portanto, acesse o link do curso na sessão "DICAS" (barra lateral direita do blog) e realize agora mesmo a sua inscrição. Boa sorte!

*EAD - Educação a Distância

domingo, 14 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA COM A COMUNIDADE



Em nosso país são inúmeras as ações de cunho não governamental que surgem para melhorar os problemas educacionais existentes, principalmente aqueles que emergem pela ausência ou simplesmente pela ineficácia das políticas públicas na área em questão.

Muitas dessas ações acabam conquistando resultados palpáveis e bastante animadores para aqueles que partipam de tal processo, e uma das peças-chave para a conquista disso é o trabalho conjunto com a comunidade local onde tais ações são desenvolvidas.

Essa união entre comunidade e entidade(s) interessada(s) permite não somente intensificar a ação que se pretende desenvolver em uma determinada região, mas também transforma o próprio processo  em algo libertador, onde a comunidade atua como protagonista na luta pela melhoria dos problemas locais, bem como na conquista das soluções para tais.

Infelizmente, mesmo sabendo da importância de questões como essas, ainda há as entidades que teimam em fazer o oposto. Essas, chegam a passar anos investindo em estratégias mirabolantes, planejando milhões de ações, promovendo as mais diversas atividades, mas acabam pecando no essencial: na articulação com o povo. A vontade de melhorar o problema, as vezes, é tamanha que  acabam esquecendo que num processo como esse não se pode, a todo momento momento "fazer para", mas se "fazer com". As vezes, as intenções podem ser as melhores do mundo, mas de nada vão adiantar se não houver um trabalho de mobilização social, fazendo com que as pessoas da comunidade em questão se articulem, participando do processo do começo até o fim.

É preciso ter em mente que isso não é somente uma sugestão que dá certo, mas o caminho que vai garantir o empoderamento das pessoas e, como consequência disso, a sustentabilidade da ação. Afinal de contas, um bom projeto social, precisa ter começo, meio e fim e a sua continuidade não cabe aos técnicos, mas ao povo, que deve ser parte essencial da ação, pois é o próprio povo que vai monitorar, modificar, adaptar e até criar novos projetos, pois os problemas de uma comunidade, sejam eles  na área educativa ou em qualquer outra instância, é algo bastante flexivo, que vai depender ,principalmente, da necessidade que as pessoas têm em um dado momento.

Lembro-me, que há bem pouco tempo atrás um dos maiores problemas no campo educacional brasileiro era o acesso. Hoje, a grande maioria de nossas crianças estão na escola. O problema agora é a qualidade da educação que o sistema tem oferecido a elas. Como vemos, é um outro problema, o que subtende, novas ações, mas não, necessariamente, a exclusão da participação popular dessa responsabilidade.

Como disse Raul Seixas, na música Prelúdio "Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade".

domingo, 31 de outubro de 2010

TECNOLOGIA E PROFESSORES


A nova era tecnológica vivenciada em pleno século XXI está a cada dia mais presente na vida de todos nós. Independente de fatores sociais e financeiros, a tecnologia vem se expandindo na vida das pessoas, todos os dias numa velocidade gritante.

O computador, que conta com o apoio do recurso da internet - a grande rede mundial de computadores - é, sem dúvida, um dos meios mais fascinantes e vem conquistando cada vez mais adeptos de todas as idades em várias partes do mundo.

No Brasil, essa realidade também acompanha adultos e crianças, e como não podia ser diferente, é um dos grandes atrativos em muitos dos espaços escolares que conseguem utilizar com inteligência o poder de tal ferramenta para dinamizar o processo educativo e com isso enriquecer o aprendizado dos alunos.

Por conta desse crescimento o uso dos meios digitais na educação tem sido alvo de muitas pesquisas, e algumas delas já conseguiram comprovar aquilo que muitos professores haviam constatado por meio de suas práticas mais inovadoras: que as mídias digitais contribuem para a melhoria da aprendizagem dos alunos.

Ao contrário do que algumas pessoas possam imaginar o uso desses recursos não são somente necessários junto aos adolescentes ou adultos, mas principalmente às crianças. Eu diria, inclusive, pela observação que tenho feito de práticas que acontecem no meu cotidiano, que já a partir dos quatro anos de idade é possível desenvolver um trabalho relacionado à informática educativa de forma bastante dinâmica e com eficácia, pois nessa fase há um desejo muito grande de experimentar o novo, de manusear, de descobrir... E são essas características que torna a experiência construtiva, pois as crianças, nessa fase, superam os próprios limites em busca das novas descobertas.

Com os maiores, há uma diversidade incrível de experiências de sucesso, principalmente com o uso de blog´s, que tem sido um grande diferencial nas aulas de muitos professores.

É importante destacar, que mesmo sendo algo inovador, é necessário que haja muita pesquisa e um planejamento consistente, com metas e objetivos bem claros, do contrário, o que era para tornar o processo educativo diferente, acaba se transformando em mesmice, e em nada vai contribuir para o enriquecimento da aprendizagem do aluno.

Independente das dificuldades encontradas cabe ao professor dá o primeiro passo, principalmente se não quiser ficar alheio ao que acontece no contexto que ele, aluno e escola estão inseridos. Não dá mais somente para vivermos de quadro negro e giz, há muitas linguagens que precisam e devem ser exploradas, e as linguagens dos meios tecnológicos, principalmente, do computador, que traz “à tiracolo” a grande rede mundial que envolve as mais diversas ferramentas sociais que conhecemos, são mais do que necessárias no processo ensino-aprendizagem, pois elas são capazes de oferecer elementos que só enriquecem o encontro de quem ensina com quem aprende, mesmo sabendo que ao final todos somos aprendizes dentro de um processo educativo.